quinta-feira, 26 de junho de 2014

"O Parto..." parte 3/3



Outubro 2013.
Maio 2014


Tudo começou as 4 da manhã, levantei para fazer xixi e quando ia tirar a calcinha senti um líquido escorrer, estava de camisola então pulei para dentro do box pois não ia dar tempo de me sentar no vaso... E então aquela agua morna e clara escorreu... A bolsa estourou! 

E agora? Como eu estava supostamente de 41 semanas a família estava toda ansiosa e querendo me deixar ansiosa, essa parte é difícil, chegou um momento em que algumas pessoas me ligavam e antes de perguntar e ai tudo bem com você? Já falavam, e aí nada ainda? 







Isso é péssimo, pois numa sociedade onde o que prevalece são cesarianas marcadas, estar cercada por pessoas acostumadas à isso é horrível, pois não entendem nada da fisiologia do parto,  não procuram saber e ainda tentam te deixar ansiosa, ainda bem que sou calma e estava em Paz , por isso minha dica é minta sobre sua DPP (Data Provável do Parto) em pelo menos um mês assim ninguém irá te perturbar além do básico...rs

Pois bem como estavam todos mais ansiosos que eu, inclusive meu marido, sempre que eu chamava ele, ele vinha e perguntava Que foi ? Estourou a bolsa?
No começo achei engraçado, mas depois fiquei preocupada pois se estourar a bolsa e eu não entrar em TP (trabalho de parto) vou ter que fazer uma indução, ir para o hospital e eu não queria isso, então pedi a ele que parasse com essa "brincadeira" e mandei novos pensamentos para o universo. 
Pois eu mesma ficava pensando como que é quando estoura a bolsa, pois no meu primeiro parto quem estourou foi a médica e eu já estava com analgesia então não sabia qual era a sensação e nessa gestação queria curtir cada momento . E então mudei o pensamento e comecei a imaginar minha filha chegando "empelicada" (dentro da bolsa) pois dizem que é boa sorte !rs 

Mas enfim ela estourou, fiquei no chuveiro um tempo me conectando com ela e logo começou algumas contrações, foi muito rápido e fiquei surpresa, veio uma, duas, três em um intervalo muito pequeno, elas estavam leves e não me assustei mas pensei Uau ! Como assim? Pois bem, chamei o marido e ele: - Tá, estourou o que eu faço? Eu : - Ué manda uma mensagem pra Ká (EO) para avisa-la apenas e vamos aguardar...

Eu estava muito tranquila, feliz e emocionada, pois no fundo esperava que fosse esse dia mesmo que ela iria nascer, pois em sonho pedia para que ela e Deus me contasse que dia ela chegaria e acordei com um numero na cabeça o do dia 23,  dia 23 chegou e com ele um auê só aqui em casa, no dia 23 estourou um cano em minha lavanderia e inundou tudo! 

Foi uma loucura pois moro em apartamento e ninguém sabia onde fechar o registro, foram 5 hs de muita agua jorrando , 2 seguros acionados e nada de conserto, o cano estourou as 15hs e fecharam o registro as 20hs ! Eu passei a tarde tentando manter a calma com medo de entrar em TP, passou o dia e nada de TP então disse pra minha mãe que se não era 23 é dia 3 e eu entendi errado... Dito e feito... 3 de Maio bolsa rota e inicio das contrações! Eba!

Minha sensibilidade até que anda boa pensei!rs Sai do chuveiro e comecei a caminhar pelo apê, e meu marido pedindo para eu me sentar e ir dormir! E eu ? Já estava agachando e rebolando e as contrações continuaram, depois que sai do chuveiro onde em uns 15 min tive umas 3, caminhando pela casa elas vinham de 10 em 10 minutos e estavam leves, mas logo elas engrenaram, comecei a marcar pelo iPad e logo elas estavam de 4 em 4 minutos e muito fortes entrei em pânico ...

Liguei pra Ká (EO) ela também se desesperou pois dizem que o segundo filho é mais rápido e correu pra cá , ela e a Nathi ! Mas depois que desliguei o telefone, e pensei desesperada de medo: Putz é hoje mesmo! Está muito forte as contrações, eu não vou aguentar! Elas pararam... 

O Parto pode ser fisiológico, mas antes disso ou depois não sei, ele é energia e psicológico...

Dá forma que estavam as contrações, em intensidade e tempo, minha filha chegaria em menos de 2hs... Mas eu amarelei total! Total ! E tudo parou ! Quando a Ká e a Nathi Chegaram as contrações haviam parado mesmo, mas mesmo assim pedi pra Ká verificar como estava, pois eu devia ter dilatado, pois elas estavam muuuito forte e doloridas... Para não me desanimar eu acho que a Ká disse 1,5cm... 

Eu fiquei com receio de dizer pra ela que tinha amarelado! Pois bem, ela me disse: Meu bem vida normal, vai passear, tomar café, caminhar que ela vai nascer só de noitinha... 
E eu pensando comigo mesma : Ahã, se eu me conectar de novo ela nasce antes do meio-dia ! Pois do jeito que estava vindo, tudo seria muito rápido...

Ká e Nathi se foram e eu resolvi ir deitar para descansar um pouco, isso era 7:30 da manhã, até que descansei e precisava, dormimos até quase 10hs e eu tive contrações leves... Quando levantei para preparar o café elas continuaram leves, liguei para minha mãe, pois queria ela estivesse aqui comigo novamente, pois sabia que ela estaria na mesma energia e orando comigo para que tudo corresse bem. 

Sincera como sempre sou eu falei por telefone, mãe elas estavam muito fortes e eu amarelei!Ela "brigou" comigo e disse:  Como assim? Coragem minha filha, agora quanto mais rápido vir, mais rápido você se sentirá aliviada, é melhor levar horas do que dias!
Na hora pensei: Ela tem toda razão se for mais rápido irei conhecer minha pequena hoje mesmo! E toda aquela ansiedade/curiosidade me preencheu e me encheu de calor...

Como será que ela é? Será que é cabeluda como a Lelê? Com quem irá se parecer? Será que é pequenina ou grandinha? Todo aquele misto de emoções me preencheram e eu quase pude ouvir o barulho da "ficha caindo" é hoje! Desliguei o telefone e pum, elas voltaram! Com força total, tomei café e sentada já com contrações moderadas segurava na mesa e "Gemia" ÔMMMM e finalizava em minha mente Mani Padme Hum... 




Ainda neste momento não havia decidido se meu marido iria ou não me ajudar, sempre pensei que ficaria mais nervosa do que calma com a presença dele, e foi muito engraçado pois enquanto estava com contração ele olhou pra mim e perguntou : Tá doendo? PQP eu pensei !
É lógico que sim e ri ! Mas cheguei a conclusão que se ele perguntasse algo assim quando estivessem mais doloridas eu ia ficar muito nervosa, não ia dar certo!rs 

Elas engrenaram, terminei o café e o pãozinho, estou colocando roupa na máquina de secar e me segurando nos batentes, mais fortes e eu sempre vocalizando e imaginando ela escorregando de dentro de mim... Mais contrações e liquido, fui pro chuveiro enxaguei e voltei pro batente, rebolava, vocalizava e minha filhota mais velha me fazia carinho e dava beijinho...
Mais liquido, coloquei o tapete de algodão no chão, (igual aqueles de cachorro fazer xixi) e fiquei em cima. Rebolava, vocalizava e o liquido escorria bem pouquinho, minha filhota ficava na minha frente rebolando e vocalizando também muito fofa... Foi nesse momento que me arrependi de não ter uma fotografa, mas talvez ela não conseguisse chegar a tempo...

Logo elas aumentaram de intensidade e o liquido não parava de escorrer, resolvi ficar no chuveiro, elas aumentaram muito e ficaram pertinho uma da outra, elas estavam tão fortes que comecei a sentir cansaço nas pernas e cheguei a conclusão que precisava sentar ou agachar e então sai do chuveiro e liguei pra minha mãe, era 10:40 +/- e pedi pro marido ligar pra Doula, fui pro quarto e já fiquei de joelhos apoiada na cama, o tronco quase todo na cama, consegui descansar um pouco, minha mãe demorou à chegar apesar de sermos vizinhas, mas chegou uma 11:30 as contrações já estavam de 5 em 5 minutos mais ou menos e ela me viu de joelhos e se desesperou temporariamente, dizendo: Meu Deus filha já vai nascer, cadê as meninas???

Béé tocou o interfone, ela chegou mãe! 

Engraçado no fim da gestação depois de conhecer minha doula e acertar todos os detalhes, adorei ela uma fofa, mas... Ela está grávida , bem no comecinho e começou a passar muito mal mesmo tadinha, e então no fim da gestação tive que escolher outra doula e acabei conhecendo ela naquele momento... Fiquei com medo, de acontecer como no ultimo parto, onde conheci a obstetriz no dia e me senti hostilizada por ela mas Deus atendeu os meus pedidos e ela é uma fofa, me trouxe muita paz e segurança... E quando vinha a contração ela apertava meus quadris e nossa que alivio, quase não sentia a contração... Ela se chama Thais Bernardo, têm uma voz serena e calma, faz parte da equipe da Commadre também e apesar de não ter conhecido ela antes do parto em si, ela foi ótima e atendeu a todos os meus pedidos, conversamos apenas uma vez por telefone e foi suficiente para ele compreender tudo que eu queria e precisava...

E lá vinham as contrações, uma atrás da outra fortes e intensas, tão intensas que falei pra Thais fazer o toque pois eu achava que deveria ter evoluído bastante e evolui mesmo! Está 6cm e ela já esta aqui embaixo! Eba... 

Entre as contrações eu conversava com minha mãe e falava de todas as mulheres que pariram na minha família, Minha Vó Neyde, Vó Alice, Minha Madrinha Olinda, Minha Mãe e pensava eu também posso , vem filha, vem filha, eu quero te conhecer... ÔMMMM e em pensamento terminava Mani Padme Hum... 

Relaxando entre contrações com apoio da Mãezinha.

Então posso ir pra piscina? Esse momento foi meio confuso pois a Thá me perguntou como estava o meu limite de dor e me lembro de pensar em um numero de 0 a 10 eu pensei em 6 ou 7 mas... Eu sabia que ao entrar na agua isso iria melhorar, pois da minha primeira filha foi assim, eu entrei na agua com 6 pra 7 e cheguei a 10 tranquilamente, só perdi o controle total, depois de me sentir hostilizada... 

E então eu perguntei pra Thá se eu ainda teria esse tempo entre uma contração e outra, se esse tempo iria continuar? Pois Deus faz tudo tão perfeito que por mais dolorida que a contração seja esse tempo entre uma e outra faz com que você se recupere e fique pronta para a próxima... E ela disse que sim eu teria esse intervalo sim, mas...
Ela queria que eu fosse pro chuveiro antes, pois utilizaríamos a piscina aquecida como ultimo recurso para aliviar as dores, mas eu disse que não que eu estava bem mas queria entrar na agua morninha... E ela me relembrou que seria o ultimo recurso para anestesiar a dor naturalmente e depois não haveria mais nada... ok? Eu: sem problemas... 

Quando decidi que faria um Parto Domiciliar e revelei para minha mãe, nós conversamos sobre tudo tirei muitas duvidas e incertezas que ela tinha sobre isso e então ela me deu total apoio...
Mas eu costumava brincar que ela deveria saber que eu ia pedir, implorar para ir pro hospital e tomar anestesia... Que eu ia dizer Pelo amor de Deus eu não aguento mais! E ela me disse que seu eu falasse isso ela iria me dar uns tapas! E eu sempre dizia pra minha mãe que todas as mulheres dizem isso... Imagina a cara das meninas se eu tivesse dito que queria ir pro hospital e minha mãe me batendo? Seria muito engraçado, acho que elas teriam um treco com a cena!

Queria muito aquela piscina própria para nascimentos, pois ela tem a borda bem alta tem um fundo também inflável e macio e até um banquinho pro seu parceiro sentar e te acolher, mas essas coisas no brasil ainda não existem e importar nem sempre é barato... Então escolhi essa piscina com borda alta, 540l e com fundo inflável ... Foi perfeita pois entre uma contração e outra eu me debruçava na borda e conseguia descansar um pouco...

Nesse momento minha filhota mais velha começou a ficar um pouco arredia e meu marido resolveu descer com ela para brincar, pois ligar para minha sogra vir de Alphaville não daria tempo e minha filhota causando e eu ouvindo seus gritos me deixaram um pouco aflita o que não era bom...

Entrei na piscina e logo a Ká e a Nathi chegaram... A Ká logo perguntou, o que é isso mulher?
Sai daqui as 7:30 são meio dia e você já esta assim? O que aconteceu? 
Eu pensei comigo mesma, é...  a conexão tá rápida...rs 

Nathi
A Nathalie Leister foi minha obstetriz, ela também foi maravilhosa, eu conheci ela antes do parto e também adorei! Muito calma e serena, me lembro de olhar para ela e me sentir muito segura e amparada com seu rosto angelical, me transmitia uma calma e a certeza de que estava tudo bem...

E as contrações continuaram e eu não estava acreditando... Perguntava se estava quase 10 mesmo e elas diziam sim! Eu eu perguntava se elas tinham certeza! kkk Pode imaginar?
Eu não estava acreditando que ela já estava quase em meus braços, e pensava mas e a dor?
É tudo isso? Ahh então tá... vem filha vem... ÔMMMM 

Eu perguntava será que ela é cabeluda? Eu quero saber? E as meninas: ué põe a mão e vê, e eu colocava, mas dizia, não sei, não consigo saber, isso é a cabecinha? E eu sentia uma coisinha bem molhinha, e pensava não, não pode ser então a Ká tentava olhar e dizia é não tô conseguindo ver daqui e então tive a idéia de tentar puxar hehe, e puxei os cabelinhos e disse: Sim, sim eu senti tem cabelo sim... e as meninas e minha mãe davam risada... 

É incrível como tudo foi tão tranquilo, eu estava sentindo tudo, consciente de tudo e isso não tem preço, era assim que Deus pretendia... Como sou agradecida...  

Quando cheguei a 10cm eu mal podia acreditar foi tudo tão gostoso, que era dificil acreditar e na minha cabeça eu sabia que quando chegasse a 10 teria um tempinho mais longo para recobrar as energias e força e então começaria o expulsivo e eu teria que fazer muita força e então viria o Circulo do Fogo e ela escorregaria para meu braços... 

E foi assim quando chegou a 10 eu pergunte:i Então já estou no expulsivo? Sim, sim você esta elas disseram... E comecei a fazer força, mas ela vinha e voltava e eu pensava cacilda, vou ter que fazer muito mais força que isso pra ela vir... Mas eu continuava debruçada na borda da piscina o que eu acredito que não era a melhor posição para o expulsivo, e então me dei conta , recobrei minhas energias e me posicionei no centro da piscina e ergui todo o meu tronco, as meninas e minha mãe quase em uníssono disseram : Aêêê...  Isso mesmo!
E então eu senti o puxo...

Bliss of Birth
Sei que escrevi pra caramba mas somente aqueles que têm realmente interesse chegarão até aqui e quero abrir um parenteses pois pra mim esse momento foi muito intrigante, muito forte e me senti tocada por Deus, pelos Anjos, por toda essa Energia que é a Vida ou como você queira chamar,  essa força que move nosso Universo...

Sempre ouvi falar do Circulo de fogo, mas para mim o puxo foi muito mais intenso, me lembro de dizer várias vezes - Está queimando, esta queimando e soprava para não lacerar...
Mas o puxo, para mim foi o momento mas incrível e depois que tudo aconteceu eu encontrei uma imagem que não descobri ainda o que representa, se são chakras ou outra coisa, mas foi como eu me senti no momento do puxo.
Era como se eu fosse "obrigada" a olhar pra cima, é difícil de explicar mas eu tinha que fazer uma força e  olhar bem pra cima e colocar minha cabeça para trás e então eu sentia uma energia que parecia entrar pela minha boca e descer pela garganta até o meu cérvix ! Foi incrível foi nesse momento que é difícil de descrever que eu me senti tocada por Deus e por toda essa Energia que nos move... Era um movimento que parecia involuntário, vinha a contração e eu olhava pro Céu ....



Rebeca 03 de Maio de 2014 - 13:50

E foi assim que logo a neném escorregou de dentro de mim, me lembro de ouvir a Ká dizendo: – Segura ela, segura ela, daqui não vou alcançar ! E eu : – Calma pode deixar que eu seguro ela e então eu a peguei em meus braços... 
Poder sentir seu corpinho quentinho e pequeno em meu peito e poder olhar cada pedacinho, era como se o tempo tivesse parado  e Deus me presenteava mais uma vez... 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

"Intercorrências e ou desafios?" Parte 2/3

Para quem não sabe, para que você possa ter um PD (Parto Domiciliar) a gestação tem que ser de baixo risco, sem intercorrências. Não pode ter diabetes, pré eclampsia, etc. Deve ser uma gestação tranquila, minha primeira gestação foi assim não tive nada engordei pouco (apesar do sobrepeso) e tenho hipoglicemia e hipotensão, sou relax !rs

Minha segunda gestação não foi muito diferente mas acabei passando por alguns momentos difíceis. Sempre confiante em Deus primeiramente, minha intuição e não muito nos "homens", entregava tudo à Ele. E me revoltei contra as Ultrassonografias da vida...rs

No meio da gestação descobriram que minha bebê tinha um tal de Cisto no plexo coróide que poderia ser determinante no diagnóstico de uma tal de Síndrome de Edwards.
Momento para qualquer mãe se apavorar... Tive muita "sorte" pois a ultrassonografista não comentou nada do cisto no momento da USG e só entreguei o exame para a GO 6 semanas depois (era o tempo necessário para repetir o exame e ter a certeza de que não há nada e que o tal cisto teria sumido).

Sendo assim eu fui na GO numa sexta-feira e refiz o USG  dois dias depois, o que me causou apenas 2 dias de uma pequena angustia, pois eu não me deixei apavorar, o que por vezes é muito difícil, principalmente grávida...  E assim foi e o USG de monitoramento mostrou que não era nada mesmo.
Graças a Deus... 
Fico imaginando se eu tivesse visto o resultado do exame no dia? Eu teria que esperar 6 semanas para repetir o exame e não sei se teria segurado a onda, com certeza ficaria aflita.

Outro momento determinante foi quando o outro bendito USG determinou que minha filha tinha um tal de percentil 6 , não compreendi muito bem, mas esse percentil é dado à apenas 3% da população ou algo do gênero e indicaria um baixo crescimento da bebê e também que ela era pequena...

Eu havia engordado apenas 5kg até o momento da USG que indicou que ela era pequena,
e eu já estava de quase 8 meses, isso me causava uma pequena angustia pois estava me alimentando normalmente e não engordava e fiquei com receio de algum problema como hipotiroidismo ou sei lá e esse ser o motivo de meu bebê não crescer... 


Logo que recebi esse "pseudo-diagnostico" falei com a Ká (EO) e ela me disse que era bem difícil que 
minha bebê fosse pequena, pois só de apalpar a barriga ela já sentia que a bebê não seria tão pequena assim e mais uma vez não me deixei abater e nem me angustiei com a noticia, apesar da GO dizer que se a bebê estivesse pequenina que era provável que o parto não pudesse ser em casa, pois bebês pequenos costumam ter um desconforto respiratório ao nascer...

Devido á esse "pseudo-diagnostico" eu tive que fazer mais uma USG já com umas 37 semanas onde mais uma vez foi "constatado" um probleminha,  que a ILA (Inserção de Liquido Amniótico) estava baixa, o que poderia culminar em parto prematuro, (Ufa estava quase à termo), envelhecimento da placenta, etc, etc. E uma provável indução de parto...
Eu teria que ir para um hospital... arghh

Não me apavorei, mesmo sem saber, falei para meu marido que acreditava que esse liquido poderia aumentar, liguei pra Ká (EO) e ela me confirmou que sim dava, apenas aumentando a ingestão de líquidos (água e água de coco), banhos de imersão e repouso, a  ILA é renovada todo dia... Eba!

Encontrei um artigo maravilhoso onde um estudo demonstrava que a melhor forma de aumentar a ILA é através de banho de imersão! Ok não tenho banheira em casa e a mais próxima é em um motel ou na casa de meu irmão, fui correndo no meu irmão e fiquei lá por umas 2hs e depois descobri que o ideal são 3 banhos separados ao longo do dia, com duração de 30 à 40 minutos.

Ir no meu irmão 3x por dia não me deixaria em repouso então compramos a piscina inflável que serviria também para o parto e instalamos ela no meio de nossa sala, funcionou maravilhosamente bem, fiz dezenas de banhos, fiquei bêbada de tanta água e bem é um tanto difícil repousar com uma criança de 3 anos em casa mas eu tentei... Resultado: a ILA que estava 70 foi para 96 em 1 semana ! Alivio total... 
Bora esperar esse TP (Trabalho de Parto) começar ??? 

Não importava o que se passava dentro ou fora de mim eu não me apavorava e assim como na primeira gestação confiei em Deus e em minha intuição e não deixei nada me angustiar...

    sexta-feira, 6 de junho de 2014

    "A decisão do Parto Domiciliar" Parte 1/3


    Acredito que aquelas que buscam maiores informações ou que queiram apenas saber um pouco mais sobre minha jornada particular, vão achar mais interessante que eu conte a minha história por partes sendo assim : parte 1 de 3.

    Pois bem, não posso contar meu segundo parto sem mencionar o primeiro, meu primeiro parto foi normal e hospitalar, não foi nem 50% do que planejei ou sonhei, foi uma grande frustração mas com final feliz.  Minha filha veio ao mundo por vias normais e esbanjando saúde, não pingaram colirio nela (Credé) e ela não foi furada para receber a vitamina K e nem mesmo aspirada, saiu de meu ventre e veio direto para meu colo, mamou em seguida e não chorou... 

    Apesar de contratar uma equipe humanizada, não me senti segura, corri grandes riscos, não fui atendida em meus pedidos simples e me senti hostilizada. Cheguei aos 10cm de dilatação sem grandes problemas e quando me senti hostilizada, perdi o controle e acabei entregando o meu parto, o que acabou gerando um efeito cascata, tive que ser anestesiada e etc etc...

    A ferida ainda não cicatrizou mas após quase 4 anos em meu segundo parto tudo aconteceu como planejei e fui dupla ou triplamente feliz ! Mas a dor de ter entregue o meu primeiro parto ainda dói...

    Sempre tive consciência de que teria um parto normal, minha mãe teve 3 filhos todos de forma natural e na minha cabeça não me imaginava fazendo uma cirurgia (Cesarea) ... Sempre fui muito resistente à dor, o que facilitava imaginar meus partos, pois meu primeiro e maior medo é de perder a consciência e/ou ser anestesiada ou ainda deixar de sentir alguma parte do meu corpo. Por isso a certeza de um parto natural... 

    Quando engravidei a primeira vez fui me informar ao máximo sobre partos e como eles aconteciam no Brasil, o quadro atual não é muito promissor. Mas facilitou muito minha vida ter uma pessoa na familia que já fazia parte deste meio de humanização e com isso foi mais simples encontrar o caminho e decidir o que eu queria.

    Com pouco conhecimento "prático" imaginava um parto domiciliar como algo perigoso, não sabia o que sentiria e como minha filha chegaria ao mundo, tive receios de que ela precisasse de socorro ou que talvez eu me assustasse com a dor no trabalho de parto etc. Com isso cheguei a conclusão que queria que ela chegasse de forma natural em um "ambiente controlado", era dessa forma que me sentia mais segura e por isso optei pelo hospital...

    Foram tantas coisas que me incomodaram no hospital que não me imaginava parindo novamente no mesmo ambiente, pensar em hospital me dava calafrios, desde as coisas mais simples e banais como comida, banheiro, pessoas estranhas, sons, cores, mais pessoas estranhas, cheiros, doenças, protocolos e possiveis intervenções me deixavam nauseada... Queria parir em casa e não queria que ninguém chegasse perto da minha filha, queria apenas pessoas que conheço e que confio comigo... 
    E foi com esse sentimento que me decidi.

    Decidido dentro de mim, precisei me munir de mais informações e de apoio, meu marido não me apoiou de cara, mas aceitou, pois ele sabia que o parto era primeiramente meu, quando conversei com minha mãe ela me apoiou plenamente. Foi ela quem me acompanhou no primeiro parto e se não fosse por ela minha dor/ trauma teria sido muito maior, por esse motivo sabia que seu apoio seria importante, mas ao mesmo tempo eu estava tão decidida que mesmo que ela não me apoiasse eu teria meu bebê em casa... ( acho que é isso que as meninas tanto chamam de "empoderamento" rs)

    Fui em busca da equipe, pessoas que me trariam segurança e muito carinho, muito mais do que eu poderia imaginar e foi assim que encontrei a Karina Trevisan da Commadre, pessoa iluminada que Deus colocou em meu caminho e que me trouxe muita segurança para conseguir realizar esse sonho tão novo e tão importante que surgiu em minha vida... Muito gentil, com olhar carinhoso ela me ajudou e me deu força e energia para que tudo ocorresse como eu esperava... 
    Sou muito grata a ela e toda a equipe...

    terça-feira, 30 de julho de 2013

    " A lista dos meus desejos."



    Este livro me encantou com sua capa e me deixou curiosa com sua história, pequeno e de leitura agradável, logo me prendeu e em duas "tomadas" eu o li.

    O porquê da curiosidade:

    "Jocelyne Guerbette é uma mulher de meia-idade que vive numa pequena cidade francesa e divide seu tempo entre o trabalho no armarinho e a vida pacata com o marido. Tudo muda quando ela decide jogar na loteria e, sozinha ganha 18 milhões de euros."

    Ela possui um blog com dicas de costura, que logo cai no gosto das mulheres e recebe mais de 1000 acessos por dia e isso vai se ampliando a cada dia e ela não entende o porquê, afinal ela apenas conta detalhes de seu cotidiano e dá dicas de costura. Fica espantada com o tamanho sucesso com algo tão simples, mas que a encanta e trás uma alegria que talvez dinheiro nenhum possa trazer e essa proximidade e partilha entre as mulheres que acessam seu blog também trás um contentamento que ela não imaginava... Bem deixa eu parar por aqui para não entregar a história! Espero que gostem como eu gostei.

    Acho que muitas blogueiras irão se identificar com ela ou desejar ser ela...

    "Um livro costurado com fios de ouro"



    terça-feira, 16 de abril de 2013

    Xô - peta !?



    Sempre fui contra chupetas, principalmente quando usada a todo momento, mas na primeira 
    semana de vida de minha filha me rendi a ela... Após ficar horas com ela no colo, dar o peito, trocar e fazer arrotar nada mais havia para fazer e ela só aquietava com a chupeta, por estar exaurida, me rendi, mas meu marido não! Retirou a chupeta e tentou acalma- la por duas horas e nada... Também se rendeu e depois dormimos um sono tranquilo e assim passaram- se os meses.

    Com o uso sempre muito controlado e apenas em momentos antes de dormir e na troca da chupeta pela mamadeira pela manhã os meses passaram e o grande dia chegou... Helena está para completar 30 meses e eu havia definido que ela , a chupeta ficaria conosco até o 3º ano de vida. Nosso pediatra amado, concordou, sabendo que seu uso sempre fora restrito e nunca "a Deus dará" , o tempo passou a Helena cresceu, e junto uma tosse persistente, quase um sintoma de bronquite ou asma, tradicional como sempre, o pediatra receitou uma "bombinha" manhã e noite, como metodo preventivo, apavorada busquei uma nova abordagem, mais natural, encontrei a antroposofia...

    Serei muito sincera como sempre, eu não gostei muito da nova pediatra, talvez por amar tanto o nosso pediatra tradicional mas sempre muito caloroso, a ponto de sentirmos saudades dos longos bate-papos, mas jamais dos motivos das visitas!rs Pois bem, Helena está com quase 30 meses e começou a repetir tudo e falar a 2 semanas, antes disso falava apenas mamãe, papai e olhe lá...

    De cara a pediatra falou que era a chupeta que estava atrasando a fala e devíamos tirar também a mamadeira pois a fase oral já passou e que criança feliz é criança com autoestima e para ter autoestima a criança precisa de autonomia e o bebê já cresceu... Já imaginou minha cara? Pois é boquiaberta, olhos arregalados, coração apertado, mente apreensiva...rs Foi punk!
    Sempre busco me informar o máximo possível, principalmente quando diz respeito a minha filha, pois bem fiquei perdida..
    .
    Cheguei em casa conversa com paizão, resolvemos tentar... Foi um pouco dificil ela chorou mas dormiu, Vitória??? Calma, pensei em dezenas de histórias, técnicas para tirar a chupeta, mas nunca pensei em ignorar sua existência e ainda não quantifiquei o risco disso, mas funcionou... Na primeira noite a chupeta não apareceu, mesmo assim ela dormiu sem maiores problemas, na manhã seguinte nada de mamadeira e tudo bem, ofereci suco, iogurte, pão e foi otimo, assim segue esse ritmo a 14 dias e nada de chupeta, não quero cantar vitória ainda, mas acho que o pior já passou e não foi tão ruim assim...

    A pergunta que não quer calar é : Será que isso se deu assim por conta do uso restrito, como falei anteriormente? Ou a Helena é diferente até nisso? Pois bem a vida segue seu rumo lentamente e nosso próximo passo das próximas semanas é o fim do compartilhamento de cama, ok ok chega a ser um exagero falando assim, pois ela não dorme conosco, mas costuma ir para nossa cama no meio da madrugada e fica quentinha no meio de nós dois e ama lógico, nós dois? Bem, as vezes é gostoso acordarmos todos juntos numa manhã ensolarada, mas na correria do dia a dia? Nem um pouco...
    Mas um passo de cada vez, porque nossa pequena não é mais tão pequena assim...

    domingo, 27 de janeiro de 2013

    Parabéns...


    Bem, hoje poderia ser um domingo qualquer ou mais um dia comum mas quero fazer um post especial para uma pessoa muito querida e que eu admiro tanto!

    Hoje é o aniversário de uma grande Amiga, ou melhor dizendo, minha melhor Amiga.
    Já escrevi no passado um post dizendo o quanto apenas sua presença me faz tão Feliz e que apesar de estarmos um pouco longe fisicamente, parece que nós conversamos mesmo sem nos falarmos...
    Nesses últimos dois anos mais ainda, pois nos tornamos mães muito próxima uma da outra.

    Ela é tão especial para mim que até mudar de continente, para estarmos mais próximas é uma possibilidade. Tudo que posso dizer dessa menina de sorriso lindo, olhar meigo e sincero é que ela é além de uma grande amiga, Mãezona com M maíusculo, atenciosa, carinhosa e sempre muito dedicada. Meu olhar é sempre de muita admiração!

    Meu amor Feliz Aniversário! Que todos os seus desejos sejam realizados Sempre! Você merece tudo de melhor desse mundão, seja aqui ou ali!rs Já declarei mais de uma vez meu amor por você e o quanto apenas ter te conhecido me faz uma pessoa mais Feliz! E sendo assim nesse dia tão especial quero desejar toda a Felicidade do mundo e que você continue linda como você sempre foi e continue espalhando toda a sua alegria para todos...

    sábado, 26 de janeiro de 2013

    Farofa Vegetariana!


    Clique na foto em HD.

    Você que adora uma farofinha, aqui está uma receita deliciosa!

    Ingredientes:

    2       xícaras de farinha de mandioca fina
    1       xícara de azeitonas pretas picadas
    1       xícara de uva passa amarela
    1       xícara de cenoura ralada
    1/2    cebola média
    1       colher de molho Shoyu
    1       fio de azeite

    Primeiro em uma frigideira refogue a cebola com o azeite, antes que a cebola comece a dourar adicione a colher de shoyu e mexa bem, adicione a cenoura, as azeitonas que devem ser bem picadinhas, a uva passa e misture bem, por ultimo a farinha de mandioca e deixe aquecer por 1 ou 2 minutinhos e pronto!

    O resultado é uma delícia, a farofa fica bem levinha e se você gosta de feijoada vegetariana ou é daquelas que curte arroz, feijão, farofa e uma couve bem refogadinha, tá aí um belo acompanhamento! Espero que gostem, aqui em casa a Lelê e o maridão aprovaram!