sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Novas leituras, novos conceitos...


Desde os primórdios de minha gestação eu tive a oportunidade de ler muitas coisas, confesso que não foram poucos livros e sim algumas dezenas, mas de todos, o que eu mais me identifiquei e segui, se é que posso dizer isso, foi o da autora Laura Gutman que inclusive este próximo mês, será palestrante aqui em são paulo. O livro que eu li foi "A maternidade o encontro com a própria sombra" achei o livro belíssimo e para mim tudo que ela relata fez e faz muito sentido.

Infelizmente só existe este livro traduzido em português, por ser considerada um pouco excêntrica em sua "doutrina" talvez não exista muitas editoras interessadas em publicar suas outras obras, pois bem, recentemente meu marido fez uma viagem a Buenos Aires e me trouxe de presente 3 novas obras :


- La revolución de las Madres
- El poder del discurso Materno
- La familia ilustrada




São todas maravilhosas e vai de encontro com o que eu acredito, ela fala muito sobre a importância da primeira infância, o que já é bem sábido, mas o que realmente anda acontecendo com nossas familias que vivem em sua maioria um fracasso, pois cada vez mais as pessoas são consideradas descartáveis, o consumo desenfreado visa a importância do ter e não do ser, e ela deixa claro qual é a conexão desse sentimento com a primeira infância e o porque essa nova geração que está "criando" e "educando" seus filhos com precedentes tão distorcidos, pois no fundo houve uma falha ou falta em sua primeira infânci e eles trazems esse sentimento de necessidade de consumo e por esse motivo estamos repetindo um mesmo erro e causando maiores estragos, precisamos entender o porquê destes sentimentos e tentarmos retornar ao que realmente tem valor e tentar compreender e mudar nossas atitudes, para evitar maiores danos num futuro não muito distante.

Ela explica também o problema e uma possível solução para todos nós que estamos cada vez mais conectados na "web" e desconectados das outras pessoas, são leituras interessantissímas eu indico muito e também deixo uma dica de outra leitura que eu tive o prazer de ler, está é de uma brasileira.


Elizabeth Monteiro " A culpa é da mãe" ela relata muitos casos interessantes e aborda o mesmo problema que estamos vivendo hoje com diferentes aspectos, e traça uma linha entre o passado e presente e suas grandes diferenças, fala sobre muito dos problemas que enfrentamos no cotidiano e como isso nos afeta e como enfrentar o dia a dia em familia, que quase sempre não é fácil mas que se conseguirmos olhar por novos angulos iremos compreender que o difícil pode ser mais leve e se você puder olhar bem lá no fundo perceberá que além de leve você pode até mesmo rir de situações que pra você pode parecer insuportável.





quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Está tudo do avesso...



Faz duas semanas que a Helena iniciou na escolinha e tá díficil re-organizar a rotina, ela sempre foi acostumada a dormir tarde e acordar tarde, pois só assim aguentava o tranco de ficar com ela em casa, tarefa pouco fácil. De noite com a presença do pai a tarefa fica um pouco mais dividida e as vezes conseguia respirar um pouquinho, mas agora com a escola está uma zona total!

Sempre considerei importante manter uma rotina pois percebi que isso trás mais segurança para ela e assim ela fica um pouco menos agitada e assim tem sido, mas os horários estão complicados, pois ela acorda as 9hs almoça ao meio dia e vamos para a escola, chega exausta as 17hs e desmaia no carro mesmo, então dorme  até 8 ou 9hs da noite e eu costumo dar uma mamadeira para ela dormindo mesmo, acorda e depois de jantar fica super agitada e vai "serenar" novamente lá pelas 11hs meia noite.

Tem sido assim essas duas últimas semanas, por um lado é bom pois além de ter a parte da tarde para resolver minhas coisas, ela chega da escola desmaia e ganho mais algumas horinhas em casa, mas é díficil aguentar o tranco depois que ela desperta, nossa senhora da bicicletinha...

E o que não é novidade após apenas duas semanas ela já teve um belo resfriado e tosse novamente, que está quase curado após quase 6 dias de nariz escorrendo, é muito crítico isso, ela sofre, eu sofro, mas fazer o quê? Não tem solução, o positivo é que o irmãozinho vai ter toda essa carga de anticorpos e provavelmente não ficará tão doentinho quando iniciar a fase escolar. Mas poderia ser diferente né?

Mas tem sido ótimo, para mim em especial, são poucas horas mas tem sido como um remédio em doses homeopáticas, acho que mais do que precisar desse tempo para respirar, sempre digo isso, pois essa é a sensação que ficava como se eu estivesse sem ar, e nessas duas semanas parece que estou conseguindo raciocinar melhor e pensar melhor também, consigo ler mais e não apenas olhar para os livros... Pois nos últimos tempos eu até tentava ler, algo que sempre me trás muito prazer, mas era como se apenas as palavras passassem pelos meu olhos ou meus olhos pelas palavras e nada era absorvido.

Mesmo assim tive a oportunidade de ler dois livros bacanas o primeiro é "A mulher de vermelho e branco" do Contardo Calligaris e o segundo que estou no fim e devorando à dois dias é "Casados com Paris" Paula McLain , amei o do Calligaris e leio sempre sua coluna na folha e este último romance também é maravilhoso, sinto como se pudesse sentir o cheiro das ruas e dos cafés em Paris e na época em que o romance se passa em 1920, maravilhoso estou amando e para dar um clima melhor ainda eu assisti novamente "Meia Noite em Paris" indico para todos os românticos...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A observadora...

Quase um mês se passou e cá estou novamente, a Helena reiniciou as aulas, adaptação expressa, pois ela já é naturalmente adaptada, tão fofa e comunicativa do seu próprio jeito. Já na entrada cumprimenta os meninos da portaria com seu sorriso, logo desce da cadeirinha apontando de Felicidade! É uma alegria vê-la assim, já tinham me falado que essa escola é de criança Feliz! E acredito que seja verdade, ela logo vai se enturmando e observando tudo e todos, uma de suas coleguinhas é tão mais receptiva que logo que chega uma criança ela vai beijar e abraçar, uma fofa também. Tudo caminhando bem e como já falado, tudo tem seu tempo. Posso dizer que este último mês foi bem longo.

Ao conversar com a coordenadora responsável fiquei muito feliz e realizada, pois ela disse que é bastante incomum uma criança se adaptar tão bem, se despedir da mãe sem problemas e interagir tão rapidamente. Minha dica é, fale sempre com seu filho, nunca menti e enganei ela, sempre disse estou indo em tal lugar mas logo volto, a mamãe tá assim , tá assado e acho que de alguma forma ela sempre compreendeu e isso trouxe segurança, para ela poder começar os seus próprios passinhos nesse nosso caminho da vida. Fui elogiada pela coordenadora e fiquei muito feliz.

Sempre soube que ser mãe não era fácil, mas não sabia que seria tão difícil, mas seguimos sempre em frente, passamos por alguns momentos de dificuldades nestes últimos meses, a pequena passou por uma fase que eu e meu marido brincamos e chamamos de "fase radar", ela é muito observadora e entra em um ambiente novo olhando tudo, como quem pensa "onde eu vou mexer" o que é aterrorizante para qualquer pai e mãe, pois não pode desgrudar 1 segundo e pronto! Então o sossego passa longe, mas da mesma forma que ela observa tudo para mexer e brincar, ela observa as pessoas e agora as crianças, ela chega a ficar paradinha as vezes agachada observando por minutos tudo o que determinada pessoa esta fazendo, é incrivel de ver. 

Em um fim de semana desses fiquei abismada, a enteada do meu irmão estava cutucando o nariz, meu marido sentado a mesa eu sentada no chão e a Helena brincando no meio de nós três, sem prestar atenção ao que fazíamos (eu pensei) pois bem falei para a Laurinha: Quer um lenço para limpar o nariz? Ela fez que sim com a cabeça, (detalhe a Helena estava de costas para mim) , e então olhei para o meu marido estendi o braço e pedi : Pega o papel ai em cima da mesa? Assim que ele pegou e estendeu o braço a Helena levantou e não deixou eu pegar, ela mesma pegou e entregou a Laurinha! Eu fiquei paralisada, achei a cena incrivel! Meu marido nem deu muita atenção, graças a Deus minha sogrinha
que é psicopedagoga também estava lá e achou incrivel e ficou abismada comigo... rs

São pequenas coisas que as vezes se você não prestar atenção você não vê, tudo tem dois lados e as vezes três, e tudo muda dependendo da sua perspectiva, o importante é ter o cuidado de olhar, de realmente olhar, sei bem que as vezes quando você está no meio do furacão você não vê coisa alguma, mas temos que nos esforçar para que isso aconteça menos vezes, dá trabalho? Dá , mas no fim sempre será gratificante e todo o cansaço e esforço terá um porquê de ser. Dizem que ser mãe é um trabalho ingrato, será mesmo? Pois não recebemos por isso, acho que se você se dedica e dá tudo de si, sempre vai valer a pena.