quinta-feira, 11 de agosto de 2011

como se ela não existisse sem mim ...

Hoje minha filha completou 10 meses, nem acredito que já faz tanto tempo, quantos dias e noites já passamos juntas, digo juntas pois estamos muito unidas desde a gestação até hoje, não passamos mais que 1 hora longe uma da outra, ao mesmo tempo que acho isso maravilhoso, tenho muitos receios.

Sei da importância dessa proximidade nesses primeiros anos, antes mesmo de decidir ser mãe já sabia de minhas escolhas, meu marido e eu sempre conversamos sobre a criação de nossos filhos e que eu iria deixar o trabalho de lado para me dedicar inteiramente a eles, no minímo nos primeiros dois anos, pois pensamos que este é o tempo ideal para ela desenvolver um pouco da fala, coordenação e deixar as fraldas, para então colocarmos em uma escolinha.

Sempre soube do "trabalho" que dá ser mãe, não é facil cuidar de um ser que está a se desenvolver e que depende totalmente de você, tinha medo de bebês e o primeiro recém-nascido  que segurei foi minha filha, me lembro no primeiro mês de vida dela, minha mãe me chamando a atenção "...filha segura a cabecinha, ai meu deus olha o pescoço, nossa Lilian parece que você nunca segurou um bebê..."

E realmente eu nunca havia segurado, tinha medo deles, de quebrar, derrubar, amassar... sou muito estabanada, costumo derrubar as coisas por onde passo e tropeçar por onde ando, imagine meu desespero ao ter um recém-nascido nos meus braços? Logo que ela nasceu, de parto normal ela veio quente e pesada 3.775g para meu peito e já começou a sugar.

Tenho orgulho de dizer que ela nasceu por "vias normais" pois hoje no Brasil mais de 90% dos partos são cesarianas e sempre fui contra isso, tenho mais medo de ficar sedada do que de sentir dor, então optei pelo parto natural e ao aleitamento materno exclusivo até os sexto mês de vida, minha mãe teve 3 filhos todos normais e sempre defendeu isso, e realmente acredito que faça uma grande diferença, pude sair do hospital em menos de 36hs após o nascimento da minha filha, andando, sem dores de pontos ou com medo de me movimentar e tudo mais. E isso não tem preço.

Mas estou quase perdendo o fio... lembra? Ainda não me recuperei, meu sono não está em dia e nem mesmo sei quando isso irá acontecer, a Helena ainda não decidiu dormir a noite toda e fico com o cansaço de cuidar dela e gerenciar a casa em falta, acumulado. Mas aos poucos vou me acertando... E escrever é uma das coisas que pretendo fazer, quero compartilhar aquilo que sinto, penso e faço. Quem sabe não cresço ainda mais.

Estou muito emocionada pelo dia de hoje, 10 meses... parece uma eternidade quando penso a quanto tempo ela esta conosco, mas foi ontem mesmo que fui para o hospital, para "ganhar" minha bebê... é a realização de um sonho, poder ser mãe, Mãe mesmo, que abre mão de tudo para que a filha tenha muito conforto e tranquilidade, para crescer saudável e feliz, que passa noites e dias atrapalhados para acudi-la quando chora...  e que se emociona toda vez que ela me olha com seus olhinhos brilhantes e hipnotizados, como que apaixonada por mim, como se ela não existisse sem mim ... e eu não existo mais sem ela...

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